3o. Dia – Segunda-feira, 4 de setembro de 2006
Diário da Expedição Desafio do Espinhaço
Crédito: Herbert Pardini
A Canga e seus Jardins
O dia começou com a vista da mina desativada de Serra Geral em Capanema. A ação do homem sobre a paisagem é notável, os taludes que marcam a borda leste do Espinhaço nos acompanharam por alguns quilômetros de caminhada. Até a altura da cota 1750 – Pico do Monge, a vista da imensa cava fez limite com as áreas acidentadas da serra que ainda guardam trechos de mata e verdadeiros jardins.
Marcelo Vasconcelos – biólogo da Expedição - destacou a predominância de arnicas, uma espécie de Gervão com flores azuis e folhas aveludadas, e áreas de capão de baixa estatura onde foi identificada uma espécie de Manacá da Serra.
Segundo Vasconcelos, todas as espécies de aves endêmicas dos topos de montanha do sudeste do Brasil que ocorrem na região, foram registradas neste trecho da caminhada. Dentre elas, destaca-se a presença do beija-flor-de-gravata-verde, espécie restrita ao setor mineiro da Cadeia do Espinhaço.
Marcelo Andrê fotografou pelo menos três orquídeas endêmicas da região do Espinhaço, sendo uma delas em risco de extinção. Nossa parada para o lanche foi premiada com a presença de um casal de Gaturamo-Bandeirinha, uma espécie de Saíra com as cores da Bandeira do Brasil que se alimentava de ervas de passarinho em uma candeia, árvore característica da região.
A exploração e o estudo prospectório da região do Gandarela chamaram a atenção da equipe. A vertente leste se caracteriza por trechos florestais luxuriantes, com matas montanas que galgam a serra e os trechos de canga da crista se apresentam muito bem conservados. A região merece uma atenção especial dos órgãos ambientais e das instituições gestoras, sendo iminente o risco de que em pouco tempo toda aquela região se transforme em uma imensa cava.
A variação de altitude foi a maior até agora. Caminhamos próximo dos 1,7 mil metros, descendo aos 1,3 mil, retornando aos 1,650 metros de altitude ao final do dia. Também diferente dos dias anteriores, caminhamos quase todo o tempo pelo acero que acompanha a crista, isso fez com que conseguíssemos em 9 horas percorrer 23,4km. O dia foi coroado com um belíssimo pôr-do-sol.
Equipe da caminhada: Herbert Pardini, Marcelo Andrê, Marcelo Vasconcelos.
Apoio: Ruslan Fernandes
Documentarista: Bruno Costa e Silva
Crédito: Herbert Pardini
A Canga e seus Jardins
O dia começou com a vista da mina desativada de Serra Geral em Capanema. A ação do homem sobre a paisagem é notável, os taludes que marcam a borda leste do Espinhaço nos acompanharam por alguns quilômetros de caminhada. Até a altura da cota 1750 – Pico do Monge, a vista da imensa cava fez limite com as áreas acidentadas da serra que ainda guardam trechos de mata e verdadeiros jardins.
Marcelo Vasconcelos – biólogo da Expedição - destacou a predominância de arnicas, uma espécie de Gervão com flores azuis e folhas aveludadas, e áreas de capão de baixa estatura onde foi identificada uma espécie de Manacá da Serra.
Segundo Vasconcelos, todas as espécies de aves endêmicas dos topos de montanha do sudeste do Brasil que ocorrem na região, foram registradas neste trecho da caminhada. Dentre elas, destaca-se a presença do beija-flor-de-gravata-verde, espécie restrita ao setor mineiro da Cadeia do Espinhaço.
Marcelo Andrê fotografou pelo menos três orquídeas endêmicas da região do Espinhaço, sendo uma delas em risco de extinção. Nossa parada para o lanche foi premiada com a presença de um casal de Gaturamo-Bandeirinha, uma espécie de Saíra com as cores da Bandeira do Brasil que se alimentava de ervas de passarinho em uma candeia, árvore característica da região.
A exploração e o estudo prospectório da região do Gandarela chamaram a atenção da equipe. A vertente leste se caracteriza por trechos florestais luxuriantes, com matas montanas que galgam a serra e os trechos de canga da crista se apresentam muito bem conservados. A região merece uma atenção especial dos órgãos ambientais e das instituições gestoras, sendo iminente o risco de que em pouco tempo toda aquela região se transforme em uma imensa cava.
A variação de altitude foi a maior até agora. Caminhamos próximo dos 1,7 mil metros, descendo aos 1,3 mil, retornando aos 1,650 metros de altitude ao final do dia. Também diferente dos dias anteriores, caminhamos quase todo o tempo pelo acero que acompanha a crista, isso fez com que conseguíssemos em 9 horas percorrer 23,4km. O dia foi coroado com um belíssimo pôr-do-sol.
Equipe da caminhada: Herbert Pardini, Marcelo Andrê, Marcelo Vasconcelos.
Apoio: Ruslan Fernandes
Documentarista: Bruno Costa e Silva
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