terça-feira, novembro 07, 2006

Expedição está na Revista Os Caminhos da TERRA de Novembro


domingo, outubro 22, 2006

Balanço Final da Expedição Desafio do Espinhaço

O que levaria algumas pessoas a abrirem mão do conforto e da suposta segurança de seus lares para se embrenhar em lugares desconhecidos em busca de algo intangível e muitas vezes inexplicável? O que motiva o distanciamento da família e dos amigos, a troca de cobertas quentes e camas confortáveis, por sacos de dormir e isolantes térmicos em solos irregulares de ambientes frios? Qual a graça em sentir frio, calor ou sede? Pra quê carregar mochilas pesadas, sobre os ombros em caminhos incertos, para simplesmente chegar ao topo e vislumbrar a imensidão, certificando-se que a estrada é longa e o melhor é sempre continuar? Justifica-se trocar os banhos ensaboados e a água quente por banhos de panela em águas gélidas? Justifica-se em pleno século 21, estar feliz por encontrar uma pequena sombra e poder sentar em meio ao campo cheio de carrapatos e comer com as mãos sujas, racionando os goles de água que na certa poderão fazer falta horas mais tarde? Como é possível fazer piadas de momentos em que a vida esteve por um fio? Pra quê conviver com a dor e continuar em frente quando a maioria das outras pessoas já teriam desistido? Qual a importância de dar valor a uma flor ou a um inseto? Qual a importância de arriscar coisas grandiosas ao invés de formar fila com aqueles que desconhecem o sofrimento, a dificuldade e, principalmente, o sabor da vitória?

Contraditoriamente à modernidade e às tendências, a Expedição Desafio do Espinhaço foi em busca do desconhecido e de experiências indescritíveis, indo muito além de onde os outros já haviam ido. Com o mérito de seus integrantes, alcançou seu principal objetivo, unir a pé sobre as serras da Cordilheira do Espinhaço as cidades de Ouro Preto e Diamantina em Minas Gerais.

Comparável às grandes expedições realizadas aos rincões do Brasil, a Expedição Desafio do Espinhaço, superou as dificuldades inerentes a ambientes inóspitos, trazendo à tona lugares e paisagens desconhecidas até mesmo por pesquisadores e moradores das regiões percorridas.

A concretização da maior travessia em montanha do Brasil eleva mais uma vez o nome de Minas Gerais e consolida o estado como referência na prática do montanhismo neste país de dimensões continentais. Coloca definitivamente nas páginas da história o nome de sete pessoas, que, durante 22 dias, viveram intensamente a realização de um grande sonho. Herbert Pardini, Marcelo Andrê, Marcelo Vasconcelos, Paulo Fiote, Bruno Costa e Silva, Ruslan Fernandes e Jussara Maria Rocha, diante de dificuldades e contratempos souberam superar às adversidades e alcançar um objetivo maior.

A Expedição Desafio do Espinhaço explorou trilhas, picadas e antigas estradas sobre a cumeeira de serras e, assim como as antigas expedições exploratórias, identificou os melhores caminhos, realizou estudos, levantou informações relevantes para o conhecimento científico e registrou dados de fauna e flora ao longo do percurso da travessia.

O trecho escolhido para a caminhada caracterizou-se pela diversidade de atividades produtivas que vem ao longo de séculos marcando a paisagem. As formações geológicas, associadas às variações de relevo e a presença de vegetação ora característica, ora introduzida, compõem um ambiente de beleza ímpar. Onde montanhas despertam em homens o inexplicável ímpeto da curiosidade e da fascinação, que os fazem abandonar a cômoda vida nas cidades para viver intensamente dias de contato direto com a natureza.

Contraditório é também perceber que a Serra que está lá, firme, grande, imponente há milênios, nos dias de hoje se torna frágil, vulnerável, passiva a ação do homem que nela vive ou que dela explora. Os impactos causados pela ação humana causam cortes e cicatrizes permanentes, mudam e recriam uma paisagem em poucos dias, ignorando aquilo que ao longo de eras foi cuidadosamente esculpido. Em um cenário onde se alterna a grandiosidade e a delicadeza, a exuberância das flores e a rusticidade das rochas, convivem moradores, empresários, fazendeiros, mineradores, animais silvestres e animais domésticos. Áreas de proteção administram conflitos entre aqueles que conservam e aqueles que precisam continuar vivendo. As marcas do progresso avançam e divergem opiniões, daqueles que dela necessitam e daqueles que romanticamente esperam que tudo continue como sempre foi.

Diante das dificuldades encontradas pela organização de uma expedição autônoma de 22 dias consecutivos em campo, realizada apenas com recursos financeiros próprios, é possível dizer que a Expedição Desafio do Espinhaço foi um sucesso. O planejamento realizado tendo em vista a disponibilidade de recursos financeiros, materiais e pessoais, foi cumprido a risca, sendo que as pequenas alterações no decorrer da Expedição só vieram somar aos planos iniciais.

A proposta inicial de uma Expedição de Montanhismo teve sua abrangência ampliada ao agregar montanhistas com atuação profissional em áreas que viriam complementar e agregar ao objetivos pensados na fase de elaboração do Projeto. Com isso, a proposta e sua relevância ganharam ainda mais valor, unindo à maior travessia de montanha do Brasil, um dos principais levantamentos científicos realizados ao longo da Cordilheira do Espinhaço. O fato original e diferenciado de se percorrer as serras que ligam as cidades de Ouro Preto e Diamantina através de sua cumeeira, permitiu à equipe registrar fatos e imagens e diagnosticar a atual situação de locais pouco ou nada conhecidos.

Um dos pontos relevantes da Expedição foi a adoção de estratégias de apoio à equipe de caminhada e pesquisa. Tendo em vista as características do terreno, a ausência de água nas áreas mais elevadas, a proximidade com propriedades rurais e o acesso freqüente de estradas às áreas de crista, o apoio diário de um veículo otimizou em muito o andamento da viagem. Da mesma forma, foi pensada e implementada uma estrutura logística para os períodos de autonomia da equipe de caminhada. Durante pelo menos 09 dias da Expedição, a equipe de caminhada não contou com nenhum apoio externo, sendo necessário carregar em mochilas cargueiras todo o equipamento e alimentação necessário para os dias de travessia.

Apesar da proximidade com a cidade de Belo Horizonte, foi necessário também identificar a melhor estratégia para que as informações geradas dia a dia pudessem chegar à imprensa e às pessoas que acompanhavam dia a dia a Expedição através da televisão, rádio, jornais e internet.

A opção de contar com estruturas de apoio em propriedades rurais e pequenas pousadas foi bem recebida por todos, fazendo com que após um dia desgastante de caminhada, não fosse necessário armar acampamento ou até mesmo cozinhar. Ao mesmo tempo, fez com que a Expedição mantivesse contato quase que diário com a “civilização”, mesmo em áreas menos acessíveis. Esse fato veio como saída à falta de recursos financeiros para a aquisição de equipamentos que pudessem nos propiciar a permanência constante no alto da montanha.

Destaca-se também as experiências realizadas com a alimentação durante a Expedição. Tendo em vista os recursos financeiros limitados para a compra dos artigos de alimentação e a escassa bibliografia referente a alimentos para atividades de longa duração que possuíssem características como leveza, durabilidade, resistência ao frio e ao calor e não necessidade de acondicionamento em ambientes refrigerados, foram desenvolvidos cardápios em conjunto com uma nutricionista que atendiam e até mesmo superavam o estoque energético necessário para o bom rendimento da equipe durante os dias de caminhada. O sucesso de tal experiência pode ser justificado pela mínima perda de peso dos montanhistas ao final da caminhada superior à 400km e à constante disposição por parte de todos, não sendo registrados casos de indisposição estomacal, resfriados ou outras anomalias causadas pela baixa de resistência e imunidade do organismo.

Outro destaque da Expedição Desafio do Espinhaço foi o total entrosamento entre seus participantes. A equipe formada às vésperas da Expedição, nunca havia feito em conjunto uma viagem e fez do objetivo maior, a motivação para que cada dia da Expedição fosse um dia melhor e mais alegre, mesmo naqueles momentos em que era necessário buscar força e disposição para continuar.

A conclusão desse projeto após 08 anos de sua idealização mostra que idéias devem sempre estar acompanhadas de ações. A Expedição Desafio do Espinhaço vem cumprindo seu papel de divulgação de um dos maiores patrimônios naturais do mundo, de forma consciente e responsável. Retratou paisagens desconhecidas, descobriu caminhos, atravessou matas, subiu e desceu serras, para mostrar como é possível realizar um sonho e despertar na sociedade a preocupação com uma região que abriga o maior conjunto de serras do interior do Brasil, diversas espécies endêmicas e, ao mesmo tempo, é frágil e vem sofrendo agressões constantes.

A não liberação por parte dos órgãos estaduais de meio ambiente da autorização para coleta de amostras da flora ao longo da cumeeira das serras, não impediu que os levantamentos fossem realizados. Através da observação, do registro fotográfico e em vídeo, além da ilustração científica, a Expedição pôde cumprir o objetivo específico de registro das características de fauna e flora da região percorrida, organizando informações relevantes para futuros estudos e aprofundamentos científicos.

Dentre as principais informações levantadas, destaca-se o registro de pelo menos 202 espécies de aves, incluindo a descoberta mais ao norte do país do macuquinho-da-várzea Scytalopus iraiensis (Rhinocryptidae), que foi observado e teve suas vocalizações gravadas em um brejo no topo da Serra do Cipó.

Um Relatório Técnico trazendo o diagnóstico geral das áreas amostradas pela Expedição Desafio do Espinhaço está sendo finalizado e trará os comentários a respeito da fauna e flora registradas durante o percurso, bem como, referências através de mapas, fotos e ilustrações a cerca de seu conteúdo. Este material como parte dos resultados da Expedição será entregue às principais instituições ligadas à área de meio ambiente no Estado de Minas Gerais.

Diante de tudo isso, o balanço da Expedição Desafio do Espinhaço é bastante positivo. Após 22 dias em campo a Expedição conseguiu realizar seus objetivos, sendo o principal deles a concretização da maior travessia em montanha do Brasil.

Envolveram-se no projeto diversas pessoas, instituições e empresas que, direta ou indiretamente, contribuíram para o sucesso da Expedição. Sem nenhum tipo de patrocínio a Expedição se fundamentou em um planejamento eficiente, em uma equipe formada por profissionais em diferentes áreas de atuação e em empresas que acreditaram na proposta e apoiaram o Projeto a partir de serviços e equipamentos.

A Expedição partiu de Belo Horizonte / MG, no dia 1º. de setembro de 2006, retornando à capital mineira no dia 24 de setembro. A travessia entre as cidades de Ouro Preto e Diamantina – dois patrimônios da humanidade – se deu entre os dias 02 e 23 de setembro, percorrendo 416 km em 19 dias de caminhada e 3 dias de descanso.

A equipe de montanhistas percorreu em média 21,9km por dia, sendo que boa parte dos caminhos utilizados eram desconhecidos, sendo necessário o uso da navegação através de mapas, bússola e GPS para a identificação do melhor trajeto. Foram totalizadas 98 horas e 31 minutos de caminhada, mantendo-se a média de 4,2 km/h. Uma média bastante satisfatória tendo-se em vista as dificuldades impostas pelo terreno e pelo clima. Responsável pelo suporte à Expedição, o veículo de apoio percorreu 1750 km por estradas pavimentadas e não pavimentadas, ao longo de pelo menos 15 municípios que margeiam a Cordilheira do Espinhaço. O registro do dia a dia da Expedição, das paisagens e da fauna e flora ao longo do percurso, gerou 22 horas de gravação em vídeo, 25 filmes em slide, 1780 fotos digitais, pelo menos 35 ilustrações científicas feitas em campo e em estúdio. 202 espécies de aves identificadas.

A Expedição contou com 175kg de alimentação, incluindo ainda as refeições feitas em propriedades rurais e pequenas pousadas que serviram de apoio para o Projeto. Um cardápio especialmente desenvolvido para o tipo e duração do esforço, fez com que toda a equipe chegasse ao final da Expedição em excelentes condições físicas e psicológicas, estando a cada dia em condições de caminhar com média de 25 quilos às costas e consumo de energia de aproximadamente 3800 calorias.

O trajeto escolhido pela Expedição buscou acompanhar sempre que possível às cristas da Cordilheira do Espinhaço, caminhando em altitudes que variaram entre 915 e 1854 metros de altitude. As imponentes paisagens da Cordilheira do Espinhaço se sucederam diariamente, revelando cenários de grande beleza e diversidade natural.

Além dos aspectos que fazem dessa região do Brasil um patrimônio da humanidade como Reserva da Biosfera, outros aspectos chamaram a atenção da equipe. Um deles remete ao impacto crescente das atividades minerárias, principalmente no trecho correspondente ao Quadrilátero Ferrífero, a substituição da mata nativa pelo plantio do eucalipto, a ocupação desordenada de áreas rurais com atividades agropecuárias não sustentáveis, a presença de animais domésticos em áreas de conservação, a utilização de áreas de campo como pastagens, ampliando os riscos de incêndios criminosos. Percebeu-se também que, ao mesmo tempo que alguns moradores reconhecem a importância dos recursos naturais existentes e apontam o crescente processo de degradação, não vêem nos órgãos de fiscalização parceiros para uma eventual mudança de postura. Ficou evidente também que as grandes empresas, de um modo ou de outro, acabam conseguindo de forma legal expandir suas áreas de influência e que o pequeno proprietário, muitas vezes sem títulos de sua propriedade, se vê cada dia mais desamparado.

Visando a conservação da Cordilheira do Espinhaço e a harmonia entre atividades produtivas, moradores e meio ambiente, torna-se necessário e urgente a adoção de políticas públicas voltadas à área de conservação e a substituição de atividades econômicas impactantes por soluções responsáveis e agregadoras. O aspecto cultural é outro fator importante. Os mineiros precisam olhar para suas montanhas com um olhar diferenciado. As montanhas não podem ser vistas apenas como obstáculos. São testemunhas vivas de todo um processo evolutivo, são guardiãs de riquezas cobiçadas pelos homens, são sagradas em sua imponência.

Dando continuidade às ações previstas pelo Projeto, está em fase de organização um evento a ser realizado na cidade de Belo Horizonte, trazendo os fatos e imagens que fizeram da Expedição Desafio do Espinhaço uma experiência única. Com a mesma disposição que a Expedição uniu forças e recursos e realizou um projeto idealizado há anos, parte agora para a captação de recursos, buscando viabilizar as publicações, exposições e edição do documentário referentes aos dias vividos na montanha.

Agradecemos a todos aqueles que acompanharam através do Blog, das reportagens em jornais, dos sites, nos programas de televisão, o dia a dia dessa Expedição. Dos mais próximos aos mais anônimos, tenham certeza que o sucesso do que foi feito é compartilhado com todos, principalmente com aqueles que compreendem a dimensão do que foi realizado.


Um cordial abraço a todos.
Equipe Desafio do Espinhaço.
Texto: Herbert Pardini

sexta-feira, setembro 29, 2006

Fotos 22o. Dia de Expedição





quarta-feira, setembro 27, 2006

Fotos 21o. Dia de Expedição





Fotos do 20o. Dia de Expedição





Crédito das Fotos: Marcelo Andrê

Fotos 19o. Dia de Expedição



Crédito das Fotos: Herbert Pardini

Fotos 18o. Dia de Expedição





Crédito das Fotos: Marcelo Andrê

Fotos 17o. Dia da Expedição







Crédito das Fotos: Marcelo Andrê

Fotos 16o. Dia de Expedição






Crédito das Fotos: Marcelo Andrê

Fotos 15o. Dia de Expedição






Crédito das Fotos: Marcelo Andrê

terça-feira, setembro 26, 2006

Emoção da chegada




























































Crédito das fotos - Cláudia Lima

22o. Dia – Sábado 23 de Setembro de 2006

Chegamos em Diamantina. Hoje é Primavera.

Entre as várias boas coincidências dessa Expedição, mais uma estava guardada para o final. O Espinhaço conhecido principalmente pela sua riqueza e diversidade de sua flora, tinha, no dia de início da Estação das Flores, a conclusão da Expedição Desafio do Espinhaço. A chegada em Diamantina não poderia ocorrer em uma data melhor.

O dia começou cedo para Ruslan que as 4:00h da manhã seguiu para Gouveia para receber Fiote e França. Assim que percebi sua chegada pulei da cama e voltei a trabalhar no computador. Um a um a equipe foi despertando e nossos amigos eram recebidos pelos que já estavam na casa.

Arrumadas as mochilas e colocados todos os equipamentos no carro era hora de partir, dar tchau às pessoas que tão bem nos receberam em Barão de Guaicuí e seguir para a caminhada final.
Antes disso era importante conversar. Num momento de pura emoção, sentados em um dos cômodos da casa que por dois dias nos acolheu, 6 amigos se despediam da Expedição. Se despediam do campo, mas levavam consigo momentos inesquecíveis passados no lugar em que mais gostamos de estar, nas montanhas. Mais que uma realização de montanhismo ou de uma exploração científica, levávamos dali lembranças de companheirismo, alegria, fraternidade, cordialidade, respeito e amizade. Lembranças essas que fizeram com que todo o planejamento fosse cumprido como previsto. Com que todos chegassem ao final bem, sem problemas. As dificuldades foram vencidas através do pensamento em um objetivo comum maior. As dificuldades foram transformadas em grandes piadas. Vivemos 22 dias de plenitude.

O que será a partir de agora ainda não sabemos. Vamos fazer de tudo para levar a frente os objetivos propostos. Mas de uma coisa temos certeza: momentos como os vividos aqui dificilmente serão vividos novamente. Privilegiados nós somos por durante 22 dias estarmos em contato direto com a natureza e com as pessoas que nela vivem. Poder beber as águas que descem da serra, admirar o canto dos pássaros, conversar com as pessoas, acordar e ter certeza que o dia seria ainda melhor que o anterior. As paisagens do Espinhaço e seus moradores marcaram os corações de nós caminhantes. Impossível conter as lágrimas ao pensar no que foi realizado. Ao pensar que estava feito aquilo que nos propomos a fazer.

Os últimos quilômetros antes de chegar à Diamantina foram marcados pela expectativa, pelos momentos de individualidade e reflexão, pelos bate papos sobre assuntos que parecem nunca se esgotar. Quantas pessoas estariam nos esperando na Igreja Matriz de Diamantina?

Seguindo pela antiga estrada de ferro, entramos por volta das 14h nas ruas calçadas da cidade. A sensação estranha de ter que se preocupar com os carros na rua era um incômodo. As pessoas nos olhavam com curiosidade e faziam comentários. Talvez alguns poucos soubessem o que estávamos acabando de fazer, mas para a maioria talvez fossemos apenas um bando de homens à toa, sem coisa melhor a fazer.

De repente, mais rápido do que se imaginava, estávamos no Centro Histórico de Diamantina em frente à Igreja Matriz. Jussara como sempre estava nos aguardando. Ao lado dela Marianne e Marcelo, a esposa e um amigo de Marcelo Vasconcelos, Cláudia da assessoria de comunicação. Rodrigo França que fez o último trecho da caminhada foi também cumprimentado por todos.
Como combinado à noite fizemos uma apresentação para mais de 100 moradores de Diamantina que se interessaram pelo tema e foram ao Mercado Municipal. Foi mais um dos emocionantes momentos da Expedição. Achávamos que o estoque de lágrimas já havia acabado durante a conversa da manhã, mas insistentemente elas teimavam em cair.

Expedição concluída. Agora voltamos à vida cotidiana. Voltamos para lugares onde muitas vezes nos sentimos estrangeiros, desajustados ao modo de vida da sociedade e ávidos por um novo grande desafio – nas montanhas é claro.

Texto: Herbert Pardini
Equipe da caminhada: Herbert Pardini, Marcelo Andrê, Bruno Costa e Silva, Marcelo Vasconcelos, Paulo Fiote e Rodrigo França.
Apoio: Ruslan Fernandes

21o. Dia – Sexta feira 22 de Setembro de 2006

Diamantina se aproxima.

Chuva, muita chuva a noite inteira. Acordado pelo barulho da chuva no telhado pensei em três coisas: primeiro - as roupas que os meninos deixaram lá fora para secar estão molhando; segundo - essa chuva vem em boa hora, espero que acabe com os focos de incêndio dos últimos dias; terceiro – assim como a saída de Ouro Preto a chegada em Diamantina deve ser debaixo d’água.

Pela manhã a água ainda caia de maneira considerável. Aproveitamos então para adiantar alguns detalhes da apresentação que seria feita na cidade de Diamantina para a população local. Organizado pela prefeitura do município, o evento no Mercado Municipal seria a primeiro momento formal de apresentação dos resultados da Expedição.

O tradicional lanche de campo foi feito em casa mesmo. Por volta de 12:40h saímos para nossa caminhada diária. A caminhada curta liga os vilarejos de Barão de Guaicuí e Bandeirinhas através do leito da antiga estrada de trem Diamantina / Corinto. Hoje abandonada a estrada serve de acesso secundário para o asfalto sendo percorrida normalmente a pé ou a cavalo pelos moradores da região. As formações rochosas encantam e se diferenciam do que foi visto anteriormente.

Atravessamos mais uma vez a BR-259 próximo a Bandeirinhas e seguimos mais 4km até o local onde nosso Apoio nos esperava. Diamantina estava muito próxima. De carro não mais que 10 minutos. Mas parece que insistimos em adiar ao máximo nossa chegada.

Amanhã chegaremos a Diamantina. Não há mais como fugir. Essa noite chegam Fiote e Rodrigo França, amigo que fará o último trecho da caminhada com a equipe.

Retornamos a Barão de Guaicuí para o nosso último jantar em campo. Trabalhamos até mais tarde para adiantar a apresentação a ser feita no dia seguinte.

Texto: Herbert Pardini
Equipe da caminhada: Herbert Pardini, Marcelo Andrê, Bruno Costa e Silva, Marcelo Vasconcelos.
Apoio: Ruslan Fernandes

20o. Dia – Quinta feira 21 de Setembro de 2006

Nem o início, nem o fim, prefiro o meio.

Mais uma vez ontem fui perguntado: Por que vocês estão fazendo isso? Mais uma vez ouvi ontem: Nossa, vocês são loucos!

Quanto à loucura não tenho dúvidas. Não somos loucos, malucos, aventureiros. Quanto às questões que nos motivam a acordar todo dia e caminhar e, em hipótese nenhuma, pensar em entrar em um carro para chegar mais rápido ao trecho de cada dia, sinceramente ainda não sei explicar muito bem.

Logicamente algumas coisas são fáceis de responder e são até óbvias: existe um levantamento de informações com embasamento científico, existe um levantamento de imagens tanto em vídeo, quanto em fotos e ilustrações de paisagens conhecidas por poucos, estamos contribuindo para divulgar um patrimônio da humanidade que é a Cadeia do Espinhaço. Mas acredito que outras coisas nos movem. Sentimentos simples, individuais, mas muito louváveis. Impossível desassociar a atração que as montanhas exercem sobre nós, do feito exploratório e científico.
Saímos de Gouveia em direção à Barão de Guaicui. Caminhada rápida pela serra, mas não menos importante que as anteriores. As formações rochosas impressionam, o cerrado após uma noite de chuva mostra toda sua vida, os caminhos de pedra nos fazem chegar suavemente ao alto.
Durante a caminhada de 12 km nos colocamos a pensar. Será que a chegada a Diamantina é o nosso objetivo maior? Será que a maior felicidade da Expedição será avistar o casario em estilo colonial? Ou será que as melhores lembranças destes dias de montanha estão ficando para trás? Aproveitando as palavras de Bruno, digo que certo é que a ansiedade da partida e a comemoração da chegada, não se comparam aos momentos vividos durante. Por isso talvez o meio seja melhor que o início e que o fim.

Continuamos dispondo da hospitalidade local. Ficaremos duas noites em Barão de Guaicui antes da chegada à Diamantina. Deixamos nosso imenso agradecimento ao Sr. Ismar Antunes, secretário de Meio Ambiente do município de Gouveia, entusiasta das expedições e das atividades na natureza.

Faltam 2 dias.

Texto: Herbert Pardini
Equipe da caminhada: Herbert Pardini, Marcelo Andrê, Bruno Costa e Silva, Marcelo Vasconcelos.
Apoio: Ruslan Fernandes

19o. Dia – Quarta feira 20 de Setembro de 2006

Educação e Hospitalidade: algo que falta nas cidades e sobra no interior

Você abriria sua casa para um desconhecido? Você colocaria dentro de sua casa um bando de homens sujos, com a barba por fazer a semanas, carregando mochilas e cajados? Pois bem, talvez a ingenuidade interiorana ou mesmo a confiança em que se tem nas pessoas, mesmo que desconhecidas, fez com que por mais de uma vez fossemos convidados a entrar em casas, tomar o tradicional cafezinho e mesmo almoçar.

Hoje foi mais um desses dias. Pelo trajeto planejado passamos por estradas abandonadas e picadas em meio a áreas de pastagens, chegando próximo à sedes de propriedades rurais. Nos chamou a atenção o número de fazendas antigas e bem conservadas na região. Em uma delas fomos convidados a entrar e o almoço foi inevitável. Arroz branco, feijão, carne cozida com mandioca e alface. Para a sobremesa um delicioso doce de leite.

Enquanto eu e Marcelo Andrê andávamos, Ruslan, Bruno e Vasconcelos seguiram para a cidade de Gouveia para encontrar um lugar para nosso pernoite. Chegando lá foram à Prefeitura Municipal. Como já se podia imaginar a recepção foi excelente, sendo que rapidamente já estavam até conversando com o Prefeito. Secretários de Esportes e Meio Ambiente se interessaram pelo Projeto da Expedição e logo disponibilizaram para a equipe o uso das instalações do clube campestre, onde teríamos banho quente e um local coberto para dormir.
Do pouco que vimos, gostamos muito do município de Gouveia. Uma paisagem diferenciada e bastante representativa. Infelizmente a localização do município acaba fazendo com que o turista tenha foco apenas em Diamantina ou nas cidades da borda leste do Espinhaço como Serro, Milho Verde e São Gonçalo do Rio das Pedras. Na próxima ida a Diamantina não deixe de tomar um banho no Rio Paraúna, parar nos moinhos de vento para sentir o ar das montanhas e conhecer as redondezas de Gouveia, como o Distrito de Barão de Guaicuí.

Mais um fato importante aconteceu no dia de hoje no que se refere às pesquisas realizadas por Marcelo Vasconcelos. Bruno conseguiu filmar duas aves de grande relevância para a Cadeia do Espinhaço: o joão-Cipó (Asthenes luizae) e o papa-moscas-de-costas-cinzentas (Polystictus superciliaris). Além disso, nos últimos dias foram identificadas espécies de aves que representam novos registros geográficos de grande relevância, citando-se, como exemplo, o beija-flor-asa-de-sabre (Campylopterus largipennis diamantinensis), o beija-flor-de-gravata-verde (Augastes scutatus) e o tibirro-rupestre (Embernagra longicauda).

Vale ressaltar ainda que Marcelo Vasconcelos encontrou em brejos de altitude da região da Serra do Cipó, no dia em que ficamos na sede do IBAMA na MG-010, o macuquinho-da-várzea (Scytalopus iraiensis). Esta espécie de ave foi descoberta e descrita apenas em 1998 no Paraná. O presente registro representa o limite Norte de sua distribuição geográfica e foi, sem sombra de dúvidas, a mais importante descoberta científica ocorrida durante a expedição.

Caminhamos 34km neste dia. Faltam 3 dias para a chegada a Diamantina.

Texto: Herbert Pardini
Equipe da caminhada: Herbert Pardini e Marcelo Andrê
Apoio: Ruslan Fernandes
Pesquisa: Marcelo Vasconcelos
Documentarista: Bruno Costa e Silva

segunda-feira, setembro 25, 2006

18o. Dia – Terça feira 19 de Setembro de 2006

Parada Estratégica III

Pousada D’Irene em Vila Mascarenhas, este o local escolhido para mais uma parada. Depois de quatro dias de travessia entre as rodovias MG-010 e BR-259 era preciso parar. O trecho de aproximadamente 120 km exigiu paciência, persistência, perícia e, principalmente, disposição de todos.

O dia de parada foi acompanhado de banho no Rio Paraúna, drenagem que recebe o Rio Cipó e deságua no Rio das Velhas e de uma ida à Curvelo para reabastecimento do “cofre” da Expedição. Hoje também despediu-se da Expedição nosso mais novo amigo, Valdemir Cunha. Editor da Revista Terra, nos acompanhou durante a caminhada de quatro dias, vivendo cada segundo da expedição, inclusive carregando seu próprio equipamento e nos ajudando a organizar detalhes em campo. Valdemir volta para São Paulo com a intenção de finalizar a reportagem que irá às bancas no mês de Novembro próximo. Ficamos muito orgulhosos de tê-lo como companhia, primeiro por ser um grande homem e profissional, segundo por proporcionar à Expedição uma visibilidade nacional e até internacional. A reportagem sobre a Expedição Desafio do Espinhaço abre uma nova temporada na revista, onde temas ligados a projetos de pesquisa e expedições exploratórias, ganharão ainda mais destaque. Não deixem de conferir nas bancas em Novembro.

Querendo ou não percebo que a sensação de fim de festa camufladamente se apresenta no ar. Infelizmente a Expedição está caminhando para o seu término. A fase de implementação começa a chegar ao fim. Sem retrospectivas, afirmo que estes momentos vividos na montanha nunca serão esquecidos. Somando as qualidades de cada um e respeitando as diferenças, temos sabido conviver com lealdade e respeito uns com os outros.

Quando olhamos para trás, parece que estamos a meses no campo. Parece que a saída de Ouro Preto está bem distante e fazem apenas duas semanas. Tudo flui com facilidade, hoje não precisamos mais que uma hora e meia para acordar, arrumar equipamentos, tomar café, colocar tudo na Toyota e começar a caminhada. Caminhar 30 km em um mesmo dia parece ser algo cotidiano. Mas como já sabíamos, quando tudo chegasse nesse ponto, infelizmente a expedição estaria acabando.

Resolvemos analisar os mapas e modificar a rota de travessia. Decidimos sair da crista e chegar à cidade de Gouveia amanhã, seguindo a partir de lá como o planejado anteriormente. Amanhã seguimos viagem. Faltam 4 dias para a chegada em Diamantina.

Texto: Herbert Pardini

17o. Dia – Segunda feira 18 de setembro de 2006

Chegando a mais uma rodovia

Hoje tivemos que navegar bastante. O percurso era desconhecido e o uso do mapa foi fundamental. As trilhas em meio à serra são poucas. Às vezes encontramos alguns caminhos de cavaleiros, mas em geral acabamos atravessando campos apenas tendo como referência o rumo a seguir.
Já é possível perceber uma mudança climática a medida que avançamos. A vegetação também assume feições mais duras, áridas.
Mais uma vez o apoio foi fundamental no dia de hoje. Após dois acampamentos e quase 100km caminhados, ouvir a voz do Ruslan no rádio foi uma grande felicidade. A chegada do apoio no local combinado junto à rodovia serviu de referência para nossa navegação. Foram horas de descida em meio às pedras soltas do caminho. Saímos de 1300 metros de altitude, indo a 900 nas proximidades do Rio Paraúna, retornando aos 1200 do asfalto.
Foi um dia cansativo. Os pés continuam dando muito trabalho. Depois de vários dias andando o corpo está bem condicionado, tanto para o uso da mochila, quanto para as noites dormidas em barracas ou para as longas caminhadas diárias.
O encontro com o apoio foi muito comemorado. Deixamos as mochilas e caminhamos mais 12km até a rodovia. A chegada foi as 18:20h, já às escuras comemoramos mais uma conquista. Agora o próximo passo é mesmo a chegada à Diamantina. Estamos muito perto e, ao mesmo tempo, ainda longe. Faltam quase 100km.
Eu e Bruno fomos a um Posto Médico da cidade de Vila Mascarenhas para tratar os ferimentos dos pés. Amanhã paramos mais uma vez. A parada é necessária. Espero que apenas um dia seja suficiente para a recuperação.

Texto: Herbert Pardini
Equipe da caminhada: Herbert Pardini, Marcelo Andrê, Bruno Costa e Silva, Valdemir Cunha.
Apoio: Ruslan FernandesPesquisa: Marcelo Vasconcelos

16o. Dia – Domingo 17 de setembro de 2006

300 km

Nosso dia começou com a expectativa do alcance de mais um marco importante da Expedição – os 300 km de caminhada sobre as serras do Espinhaço. Faltavam apenas 13 km, que foram comemorados às margens do Rio Preto, com um bom banho.
Os dias quentes, secos e marcados pelas nuvens de fumaça dos incêndios, têm exigido bastante de nosso condicionamento físico. Para que os objetivos do dia sejam alcançados, estamos caminhando em média 5,4 km por hora, com mochilas que chegam próximo aos 25 quilos.
Infelizmente a paisagem neste dia continuou a mesma do anterior. Chamas e fumaça por todos os lados. Pensei até que teríamos problemas com o fogo. Hoje vimos 3 pessoas a cavalo. Desde o início da Expedição encontramos poucas companhias ao longo da Serra, talvez umas 6 no máximo.
À noite acampamos próximo a uma pequena drenagem. Não foi das melhores, mas devido ao avançar das horas após 30 km de caminhada, resolvemos parar por ali mesmo. Bruno por pouco conseguiu filmar o bote certeiro de uma cobra Jararaca em um sapo (exatamente onde tomamos banho).
Durante o jantar conversamos sobre aquilo que estávamos fazendo, sobre o lugar onde estávamos e o que já havia acontecido em 2 semanas de viagem. As referências mudaram, agora estando cada vez mais perto de Diamantina. Amanhã seguimos para a rodovia 259.

Texto: Herbert Pardini
Equipe da caminhada: Herbert Pardini, Marcelo Andrê, Bruno Costa e Silva, Valdemir Cunha.
Apoio: Ruslan Fernandes
Pesquisa: Marcelo Vasconcelos

15o. Dia – Sábado 16 de setembro de 2006

Pastos Rupestres e o Breu em Chamas

Por mais alguns quilômetros o carro de apoio da Expedição acompanhou a equipe de caminhantes. Chegado o fim da linha para o veículo, colocamos as mochilas cargueiras nas costas e começamos nossa travessia com destino à rodovia BR-259 que liga os municípios de Curvelo a Diamantina. O apoio tem sido indispensável para esta Expedição, acredito que sem ele esta empreitada se tornaria bastante complicada.

Infelizmente a paisagem vista durante esse dia foi desoladora. Os campos rupestres deram lugar às pastagens. O gado podia ser visto por toda a região, disputando espaço entre as parcas áreas ainda não queimadas. Os campos pretos, as serras sendo consumidas. Não só a fumaça preta denunciava a presença dos focos de incêndio, como também os estalos ouvidos em meio às áreas de mata que se perdiam e o cheiro adocicado das Canelas de Ema em chamas.

A Serra do Abreu, conhecida apenas como Serra do Breu ardia em labaredas altas que podiam ser avistadas a quilômetros de distância. Se tivéssemos passado nesta região uma semana antes, provavelmente teríamos problema com os incêndios.

Caminhamos 25 km neste dia. Os pés começam a dar sinal de cansaço. Com exceção de Andrê, estamos tendo que conviver com o incômodo das bolhas nos pés. De qualquer modo o auto astral não deixa a moral cair e continuamos nossa caminhada.

Texto: Herbert Pardini
Equipe da caminhada: Herbert Pardini, Marcelo Andrê, Bruno Costa e Silva, Valdemir Cunha.
Apoio: Ruslan Fernandes
Pesquisador: Marcelo Vasconcelos

sexta-feira, setembro 22, 2006

Convite Especial

quinta-feira, setembro 21, 2006

Festa em Diamantina marca chegada da Expedição Desafio do Espinhaço

Neste sábado, a partir das 13 horas, população da cidade recebe a equipe da maior expedição científica do ano. Desde o dia 02 de setembro, montanhistas percorrem a pé a Serra do Espinhaço registrando as riquezas naturais e o povo mineiro.

Belo Horizonte, Setembro de 2006 – Neste sábado (23/09), a partir das 13 horas, a população de Diamantina recebe uma equipe especial de visitantes. A Expedição Desafio do Espinhaço, maior aventura científica do ano, chega ao último dia de caminhada. Após 22 dias e quase 500 km de caminhada, os montanhistas da expedição serão recepcionados na Catedral Metropolitana de Santo Antônio, no Centro Histórico de Diamantina. No mesmo dia, a partir das 20 horas, a população confere as descobertas da equipe em uma seção especial no Mercado Velho, na Praça Barão do Guaicuí, no Centro. Na ocasião, haverá também a apresentação da Banda Mirim Prefeito Antônio de Carvalho Cruz.

Depois de vários dias percorrendo a Cordilheira do Espinhaço, fazendo descobertas e registrando em vídeos, ilustrações científicas, textos e fotos, os montanhistas Herbert Pardini, Marcelo Andrê, Marcelo Vasconcelos, Bruno Costa, Paulo Fiote e o motorista e braço direito Ruslan Fernandes finalizam a aventura iniciada em Ouro Preto, no dia 02 de setembro. As comemorações vão para o sucesso do objetivo alcançado, o total entrosamento do grupo, as belezas encontradas pelo caminho e o aprendizado nos momentos difíceis.
“A Expedição Desafio do Espinhaço é importante pelo caráter cientifico e histórico. Tudo que gera conhecimento é relevante para a população e essa aventura veio enriquecer nosso acervo sobre a Cordilheira do Espinhaço”, afirma Márcia Dayrell, Secretária Municipal de Cultura, Turismo e Patrimônio de Diamantina.

A Expedição Desafio do Espinhaço é formada por dois montanhistas, um biólogo, um jornalista e um ilustrador especialista em natureza. O grupo saiu de Ouro Preto rumo à cidade de Diamantina e o trajeto percorrido abrange um cenário considerado fantástico por especialistas em meio ambiente: a Cordilheira do Espinhaço. Ao final do percursso, esses profissionais terão caminhado aproximadamente 500 km pela crista da Serra do Espinhaço, identificando espécies da fauna e da flora ameaçadas de extinção.

SERVIÇO
Evento: Chegada da Expedição Desafio do Espinhaço
Data:
23 de setembro
Horário: 13 horas
Local: Catedral Metropolitana de Santo Antônio
Centro Histórico – Diamantina - MG

Evento: Projeção de fotos, imagens e bate-papo com a equipe
Com apresentação da banda mirim Prefeito Antônio de Carvalho Cruz
Data:
23 de setembro
Horário: 20 horas
Local: Mercado Velho – Praça Barão do Guaicuí
Centro Histórico – Diamantina - MG

Assessoria de Imprensa Expedição Desafio do Espinhaço
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Montanhistas na estrada







A equipe da Expedição no 14º dia ... da esq. p/ direita: Ruslan Fernandes, Herbert Pardini, Valdemir Cunha (Revista Terra), Marcelo Vasconcellos, Marcelo Andrê. Sentados: Bruno Costa e Paulo Fiote.
Crédito das fotos: Marcelo Andrê